O procedimento
Os preenchimentos estéticos faciais visam melhorias dos sinais de envelhecimento do rosto, tais como : o surgimento de rugas, perda de volume em determinadas áreas da face, aparecimento de flacidez na pele e, por conseguinte, com a somatória de todos esses fatores, apresentamos perda do contorno e traços faciais joviais.
Geralmente, os primeiros sinais do envelhecimento se iniciam a partir dos 30 anos, ou até mesmo antes, secundário a grandes perdas ponderais, surgindo o aprofundamento de olheiras, acentuação ou surgimento do bigode chinês, linhas de marionete, etc.
Estudos mais recentes sobre o processo do envelhecimento facial mostraram que, estes sinais nada mais são que consequência da perda gradual e progressiva da nossa estrutura e sustentação tecidual. Algo que não acontece apenas no rosto, mas de forma difusa em toda nossa superfície corporal.
No rosto, principalmente, notamos que, a partir dos 30 anos inicia-se a reabsorção óssea, o “alicerce estrutural” da face. Ponto esse crucial e primordial no tratamento, pois sem ele, não há onde os tecidos que o cobrem serem firmemente “ancorados”. Acima da camada óssea, temos os compartimentos de gordura da face (profundos e superficiais), que ao envelherecerm, “murcham/secam” e então, não somente sofrem uma queda, mas por vezes geram aspecto de emagrecimento da face. Por fim, mais externo e superficialmente ainda temos a derme, que com a idade, sofre com degradação das subtâncias componentes e conectivas da pele, gerando alterações de textura, elasticidade, hidratação e cor.
Uma das alterativas não cirúrgicas para promover o rejuvenescimento facial, a depender das queixas e expectativas da paciente, são os preenchedores de ácido hialurônico.
Esta substância está presente naturalmente na pele, e vai se degradando e diminuindo a concentração com o avançar da idade. Em nível celular, e presença em abundância dessa molécula cria um ambiente favorável para a inserção do colágeno e fibras elásticas, além de promover em torno de si a retenção de uma grande quantidade de moléculas de água, características importantes na pele jovem e com metabolismo saudável.
Na década de 70 o ácido hialurônico foi introduzido como ferramenta médica em cirurgias oftálmicas e para o tratamento de artrites, pois é também produzido em grandes quantidades durante a cicatrização e é um importante constituinte do fluido das articulações.
Contudo, devido a essas propriedades citadas, percebeu-se que ela também constituía um excelente material para ser utilizado como preenchimento cutâneo.
O seu uso na pele foi possível uma vez que, em laboratório, e hoje em dia através de biotecnologia, a molécula foi estabilizada e é produzida na forma de um gel viscoso com capacidade de preenchimento. Por ser idêntica à molécula presente no ser humano, apresenta geralmente uma boa integração ao nosso tecido e baixo índice de efeitos colaterais à sua aplicação.
Mas vale lembrar que, embora os efeitos de sua aplicação sejam bem eficientes em uma série de casos, esta substância não é capaz de impedir ou cessar o processo do envelhecimento.
Para a boa indicação do preenchimento facial, é fundamental a avaliação pelo médico da face completa do paciente, evidenciando as necessidades em cada caso, inclusive por ordem de prioridade para tratamento, seja pelo diagnóstico, ou pelo que mais incomoda o paciente.
Na avaliação de um especialista capacitado, o conhecimento anatômico e sobre o produto o possibilitará escolher corretamente qual o tipo de preenchedor utilizar de acordo com o seu objetivo (sustentar, volumizar, etc), além de aplicar o produto com a técnica correta e segura aos vasos e nervos da face.
Um dos grandes objetivos com o preenchimento facial é respeitar as singularidades de cada rosto, tomando o cuidado em não “transformar” suas peculiaridades de modo que o paciente desconheça a identidade de seus traços. Sendo assim, o médico irá ponderar quais regiões precisam e terão real benefício com esse tipo de tratamento (suavizando as queixas negativas – olheira, rugas, etc) e assim delinear a proposta do plano de tratamento.
Uso de Gordura para Preenchimento
A transferência (enxerto) de gordura de uma parte do corpo para outra é uma técnica cada vez mais popular. Ela tem se mostrado eficaz na correção de defeitos de áreas onde a gordura se atrofiou devido a um acidente ou para modelar e realçar o contorno corporal. Um benefício adicional é que a gordura enxertada melhora a qualidade da pele sobrejacente. Acredita-se que isso se deva à presença de células tronco na gordura transferida. Apenas a gordura do próprio paciente pode ser utilizada, o que é chamado de Enxerto Autólogo. Pode ser feito durante outras cirurgias plásticas ou como um procedimento ambulatorial sob anestesia local com sedação.
Perguntas Frequentes
Preenchedores comerciais, no entanto, são bastante convenientes. Eles têm uma durabilidade limitada, mas podem ser repetidos de tempos em tempos sem problema. A grande vantagem é que o resultado aparece na hora, com edema (inchaço) pequeno e de pouca duração, o que permite o retorno imediato ao trabalho.
A gordura deve, então, ser “preparada” a fim de selecionar um maior número de células vivas a serem enxertadas.
Espera-se cerca de 30 - 50% de sobrevivência da gordura injetada na maioria dos casos, dependendo do cuidado durante o procedimento.
Considerações Finais
Por favor, leia atentamente
Em nossa consulta médica esclarecemos que qualquer técnica cirúrgica, deve ser realizada segundo técnicas cirúrgicas consagradas e publicadas cientificamente. Enfatizamos que em cirurgia plástica não deve haver promessa de resultados o que, eticamente, não deve ser feito, uma vez que a própria medicina não é uma ciência exata e dependeremos muitas vezes da reação do seu organismo para atingirmos os resultados desejados.
Sua consulta é fundamental para completo esclarecimento, inclusive complicações inerentes a qualquer procedimento médico.
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